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15/12/2020 11:00 | NOTÍCIAS

Diagnóstico precoce eleva chances de cura do câncer de pele

O câncer de pele não melanoma é o mais comum no Brasil e apresenta grandes chances de cura quando diagnosticado precocemente.Ele corresponde a quase 30% de todos os tipos de câncer que surgem anualmente no país. Apesar de acometer mais a população acima dos 40 anos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é preciso ficar atento aos sintomas da doença e evitar os fatores de risco.

“A grande maioria dos cânceres de pele é tratável e o tratamento depende, geralmente, de uma cirurgia que pode ser feita com anestesia local com o paciente recebendo alta no mesmo dia. Essa cirurgia tende a ser simples se o diagnóstico é feito precocemente, mas quando o diagnóstico demora, ela pode ser um pouco mais complexa e deixar algumas sequelas na pele. O melhor é procurar avaliação médica sempre que observar manchas e sinais irregulares e feridas que não cicatrizam”, explicou o dermatologista Yuri Chaves, da Med Imagem.

Fatores de risco

O mais importante fator de risco é a exposição solar. Expor-se ao sol de forma prolongada e repetidas vezes, ao longo da infância e adolescência, aumenta as chances de desenvolver a doença, segundo o Inca. Pessoas de pele e olhos claros, cabelos ruivos ou loiros, ou ainda pessoas albinas também correm mais risco. Ter casos na família de câncer de pele requer também maior atenção.

Prevenção

“A principal maneira de prevenção é o uso do protetor solar. Principalmente no Piauí, porque nós temos índices de radiação solar altíssimos, o ano todo, o que acaba sendo um fator de risco maior para quem mora nessa região. Por isso, o protetor solar é um fator importantíssimo e indispensável se você quer prevenir os cânceres de pele porque ele consegue dar uma proteção extremamente eficaz”, afirmou o dermatologista.

Uso correto do protetor solar

Yuri Chaves destacou ainda que é fundamental usar o protetor solar da forma correta. “Ele deve ser aplicado em torno de 10 a 15 minutos antes da exposição solar, a quantidade leva em conta uma regra prática que a gente usa que é uma colher de chá para cobrir a superfície do rosto todo e, claro, ele tem que ser reaplicado a cada três horas”, frisou.

“Mas se você estiver praticando um exercício físico ou fazendo alguma atividade em que está suando muito ou estiver molhando a pele constantemente, esse protetor deve ser reaplicado a cada hora e não a cada três horas. E é preciso ter a compreensão de que por mais que você use o protetor solar da maneira correta, ele não protege 100%. Então, as proteções físicas são sempre bem-vindas”, completou.

Entre as barreiras físicas importantes estão o uso de bonés ou chapéus, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas, roupas com tratamento químico no tecido, o que torna mais eficaz a proteção, além de se evitar a exposição solar das 10h às 16h.

Tipos

O câncer não melanoma, como já foi dito, é o mais frequente e tem mais chances de cura quando diagnosticado precocemente, mas é preciso ficar atento a outro tipo de câncer de pele, o melanoma. Apesar de representar apenas 3% dos casos, segundo o Inca, considerada uma doença rara, ela é mais grave, sendo tratável quando descoberta na sua fase inicial. Por isso, a importância de procurar avaliação médica e caprichar na proteção solar.

Sinais e sintomas

Entre os sintomas que merecem atenção estão:

• Manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram.

• Feridas que não cicatrizam em até quatro semanas.

• Manchas ou pintas na pele que tem um formato assimétrico, com bordas irregulares.

• Presença de cores diferentes em uma mesma mancha com aumento de tamanho.

O aparecimento de alguns desses sintomas, não é, porém, comprovação de que se trata de um câncer de pele. O diagnóstico deve ser feito por um dermatologista.

“A prevenção é fundamental porque reduz as chances de ter a doença ou de curá-la quando descoberta precocemente. E apesar de ser importantíssima a observação da própria pele, é preciso lembrar quem pode comprovar se uma mancha é um sinal de câncer ou não é um especialista, por isso, se tiver alguma, procure o seu dermatologista”, orienta Yuri Chaves.
 

Catarina Santiago
Imagem: Arquivo pessoal
Com informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

 

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